segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Arte ajuda a transformar a vida de deficientes visuais

Marta Gil entrevista Ana Carmen Nogueira, artista plástica especializada em educação especial com ênfase na área de deficiência visual.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

La palabra corporizada

II Seminário Internacional de Educação Estética - Entrelugares do Corpo e da Arte - UNICAMP
Resumo da Palestra de Luis Porter
La capacidad creativa está íntimamente relacionada con las formas en que el cerebro procesa y archiva el lenguaje. Las metáforas y sus etimologías son nuestras huellas del pasado, el DNA de nuestro pensamiento. La neurociencia ha hecho descubrimientos relevantes acerca de cómo funciona nuestro cerebro lingüísticamente demostrando que toda persona utiliza un registro particular determinado por la oferta de metáforas que ha acumulado a lo largo de la vida orientando los caminos de su imaginación. La idea de que los conceptos están enraizados físicamente, contrasta con la idea del racionalismo que sostiene que los conceptos son abstracciones descorporizadas, completamente separadas del sistema motor sensorial. Esta nueva forma de ver al lenguaje, abre una nueva conceptualización del cuerpo humano. Integrando los hallazgos de la ciencia con la dimensión artística de las metáforas, damos un paso adelante para estimular un pensamiento y una visión poética en la educación.




Luis Porter, em sua palestra recomendou o documentário-  Granito de Arena de Jill Freidberg

Que é Morabeza!?: Do outro lado da ilha.

Que é Morabeza!?: Do outro lado da ilha.
Fabiano nos mostrando as belezas de Cabo Verde

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Anna Marie Holm

Anna Marie Holm inicia sua fala no II Seminário Internacional de Educação Estética – Entrelugares do Corpo e da Arte dizendo:

“Como é complicado falar de artes com as crianças!”

Entrega um envelope de papel branco para todos da platéia e pede para que coletamos ar.

Barulhos, risos, sopros. Coletamos o ar e formamos uma montanha de expirações.

Abaixo segue minhas anotações de sua palestra.

Como é complicado falar de arte.

Quantas coisas temos por aí?

Materiais simples.

As crianças pequenas criam com materiais simples.

Pode parecer complicado, mas as coisas vão se descomplicando. É preciso descomplicar.

Use tudo o que encontrar. Use tubos de PVC, tubos de papelão, vá coletando coisas e colocando dentro dos canos. Neste processo já terá várias questões. E estas são questões de arte.

Assim, as crianças desenvolvem novas linguagens artísticas.

Pegue bolsas de papel de lojas, coloque várias coisas dentro. Dê lápis para eles pintarem. Deixe-os livres, corpos em movimento.

Ofereça papel para escutarem o vento. Correr para cima e para baixo e escutar o som do papel. Isto é muito importante.

Instale papeis nas árvores. O que mais precisa?

Deixe voar.

Assim as crianças fazem muitas perguntas. Elas fazem muitas perguntas porque estão se movimentando.

Quando a atividade de arte começa?

Muitas vezes dizemos para que eles esperem, mas eles já começaram. O interesse pode estar antes daquele momento que falamos que deve começar. As crianças usam o corpo e vão explorando.

E quando a atividade de arte acaba?

Para mim ela continua, assim como para as crianças. Quando vão ajudar a limpar os pincéis eles continuam a experimentar.

Eu aprendo a trabalhar com as crianças. Não se pode dizer o que é uma atividade artística. Eles estão constantemente fazendo experiências. Quando se oferece tempo para a experiência artística elas não terminam.

Usamos sempre o corpo. Corpo em movimento. Corpo na pintura, pintura no corpo.

Todos os dias eu procuro um novo espaço para explorarmos. Observo o que aquele espaço pode nos oferecer e o que podemos fazer nele. Nunca digo para começarem.

Penduro coisas com elástico nas árvores e eles começam a pesquisar. As crianças usam a arte como brincadeira e não param de pesquisar, de criar oportunidades. Conectam coisas malucas juntas e aprendem junto com arte.

As crianças vivem a arte, usam a arte para tudo e descansam com arte. A arte faz parte da vida. Interagem no espaço com muita poesia.

Usam o espaço para fazer lindos experimentos. Fazem experiências com espaço e com equilíbrio. Tudo sem complicação. O espaço nos oferece tudo, as relações são criadas nos espaços. Usamos a natureza com arte.

Qualquer lugar pode ser um novo local de arte. Podemos coletar folhas e jogá-las em um plástico transparente e deitarmos na grama sob o plástico como uma cabana para observar o que aconteceu.

Não digo às crianças quando acabou a atividade de artes, são elas que resolvem. Eles sempre desenvolvem outra atividade pois estão rodeados de idéias.

II Seminário Internacional de Educação Estética – Entrelugares do Corpo e da Arte - UNICAMP, 27 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

UDESC promove VI Encontro do Grupo de Pesquisa Educação, Arte e Inclusão em 30 e 31 de agosto



Informações retiradas do  portal do Centro de Artes da UDESC


Nos dias 30 e 31 de agosto, será realizado o  "VI Encontro do Grupo de Pesquisa Educação, Arte e Inclusão” no Auditório Bloco Amarelo dias 30 e 31 de agosto no Auditório do Bloco Amarelo do Centro de Artes da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina).  O evento é uma atividade do grupo de pesquisa de mesmo nome, vinculado ao CNPq. O grupo tem atuação constante no ensino de graduação e pós-graduação, e vem somando esforços no sentido do estudo das diversas dimensões da inclusão.

De acordo com os organizadores, o "VI Encontro do Grupo de Pesquisa Educação, Arte e Inclusão"  reflete as pesquisas desenvolvidas pelo grupo nos campos da Educação Inclusiva, da Arte e da Tecnologia, temas que perpassam diversas experiências, de pesquisa, de extensão e de ensino. " Esperamos que o conjunto da produção apresentada em forma de mesas de debate e de apresentações de trabalhos possa ativar novas trocas e fomentar novas descobertas para todos os participantes", destacam.
PROGRAMAÇÃO
-30 de agosto:
Mesa de abertura - 8h00
Mesa 01 - 8h30 - DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, CURRÍCULO E INCLUSÃO: RESULTADOS DE PESQUISAS
Dra. Marcia  Pletsch - UFRJ
Dra. Geovana M. Lunardi Mendes - UDESC
Mesa 02 - 10h30  - RECURSOS TECNOLÓGICOS DE INCLUSÃO: EXPERIÊNCIAS COM APLICAÇÃO DE SOFTWARES E MÚSICA
 Dra. Marilena do Nascimento (musicoterapeuta da AACD- São Paulo )
 Dra. Dolores Tome (UNB)

Mesa 03 - 14h30 – TECNOLOGIA E INCLUSÃO: TRAJETÓRIAS A PARTIR DA EDUCAÇÃO E DA ARTE
Dra. Fernanda Chagas Schneider – NIEE – UFRGS
Dra.Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva – UDESC
Mesa 04 -16h:30 – PRODUÇÃO DE MATERIAIS PARA CEGOS, UM PERCURSO A PARTIR DA ARTE
Msc. Adriane Cristina Kirst - UDESC e   Msc Ana Carmen Franco Nogueira –  Universidade Mackenzie
18h00 Lançamento de livros
-31 de agosto:
Mesa 05 - 9h00 - INFÂNCIA, EDUCAÇÃO E INCLUSÃO NA CONTEMPORANEIDADE
Dra. Maria Carmen Silveira Barbosa – UFRG
Dra. Gabriela Brabo - UFRGS
Dr. Altino José Martins Filho
Coordenação: Dr. Lourival José Martins Filho
Mesa 06 -14h00 – PESQUISAS EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PERCURSOS DIFERENCIADOS
Dra. Adarzilse Mazzuco Dallabrida
Dra. Rosalba Garcia
Dr. Rodrigo Rosso
16h30 - Comunicações

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Egito Antigo


Esta é uma reflexão sobre o atendimento de jovens com deficiência visual em um ateliê de artes. O ateliê funcionava em parceria com o Projeto AcessoCentro Brasileiro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual na cidade de São Paulo, Brasil.

A cada semestre, buscávamos um tema ou um desafio que instigasse a curiosidade, o processo criativo e a abertura de novas possibilidades e caminhos. A questão da mortalidade surgiu pela grande dificuldade que os jovens tinham nas relações intersubjetivas, pelo seu isolamento e pelo sentimento de desolação diante da morte. A perda de entes queridos, principalmente avós para esse grupo de pessoas, mostrou-se muito sofrida.

Desses nossos encontros surgiram questões sobre especificidades da pessoa com deficiência visual, que fomos reencontrar levantadas por Morin em relação aos seres humanos em geral, como as seguintes: Como a arte poderá auxiliar na construção do sujeito e na sua reconstrução no mundo complexo? Como oferecer acesso às informações e conhecimentos do mundo à pessoa com deficiência visual? Como essas pessoas percebem essas informações e têm a possibilidade de articulá-las e organizá-las?

O Egito no ateliê de artes

Iniciamos nosso trabalho sobre o Egito Antigo estudando seus símbolos, representações e idéias. Nestas relações íamos descobrindo que devemos nos questionar sobre nossos conhecimentos, pois como diz Morin (2000), nele sempreum risco de erro. Nosso conhecimento está inserido dentro de uma cultura, idéias e crenças, e ao estudarmos uma outra cultura, devemos contextualizá-la geograficamente, historicamente e socialmente.

Os hieróglifos foram apresentados em desenho ampliado, recortados e imantados para melhor manipulação e descoberta das peças. Cada símbolo era estudado e trabalhado em desenho que era feito na cartolina sobre uma placa de borracha, com lápis de diferentes níveis de dureza.

A história de Rá, dentro dos símbolos usados pelos antigos egípcios para resolver a questão da morte e a proteção daquele que morria, foi a história que mais mexeu com o imaginário de nossos alunos. Foi uma maneira bastante interessante de se pensar no ciclo solar em relação ao ciclo da vida. É o sistema circular do qual Morin fala, onde somos todos produtos de uma reprodução biológica, tornamo-nos produtores e reprodutores do processo.

Além disso, para aqueles que nunca enxergaram, foi um adicional poético para se compreender como observamos o movimento diário do sol a partir da Terra.

As múmias

Cada aluno fez sua própria múmia. A proposta de fazer uma múmia era a de homenagear alguém.

Ao explicarmos como era uma múmia, utilizamos o próprio corpo do aluno e o colocamos deitado no chão com os braços cruzados no peito. Estudamos como era feito o processo de mumificação e partimos para a elaboração da múmia em argila e as bandagens de gesso.

Viagem do Sol

Os egípcios acreditavam que o sol simplesmente não se punha a cada noite, mas de fato morria e renascia ao amanhecer. O Faraó morto seguia a viagem do sol pelas doze horas da noite para alcançar a vida após a morte. O seu barco se movia no centro do rio. Havia desertos e cobras. Demônios tentavam parar o barco. Várias divindades ofereciam ajuda no caminho. Na décima segunda hora final, o faraó renascia na vida após a morte, e o sol aparecia ao amanhecer como um besouro solar.

Os alunos estudaram que o corpo do morto era colocado em um sarcófago, e que seus órgãos iriam para jarras canópicas. Mas para alcançar a vida após a morte, teria que ser feita uma perigosa viagem pelo submundo.

Este texto foi retirado do livro:

NOGUEIRA, Ana Carmen F. Aprendizagem significativa no ateliê de artes para pessoas com deficiência visual. In: MASINI, Elcie F. Salzano; PEÑA, Maria de Los Dolores J.. Aprendendo Significativamente: uma construção colaborativa em ambiente de ensino presencial e virtual. 1ª Edição São Paulo: Vetor, 2010. p. 103-112.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Fish With A Smile (Very Touching Cartoon)




"A Fish with a smile", de C. Jay Shih, Alan I. Tuan e Poliang Lin, com música de Chien-ci é um curta de Taiwan baseado em uma história infantil sobre um peixinho sorridente e um senhor solitário, de Jimmy Liao.
Ganhador do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2007.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

3o. Caderno de Textos Diálogos entre Arte e Público - 2010

 3o. Caderno de Textos Diálogos entre Arte e Público - 2010

SUMÁRIO
Apresentação Marcio Almeida
Apresentação Regina Buccini
Por que todos os caminhos são da rainha de copas EDITORIAL Anderson Pinheiro

ACESSIBILIDADE CUTURAL: ABRINDO TRINCHEIRAS
01 A acessibilidade de alguns espaços expositivos de Porto Alegre – Ações e Conquistas
GABRIELA BON
02 Democratização do acesso aos museus - apontamentos sobre ações e políticas públicas para acessibilidade cultural
FLÁVIA PALOMA CABRAL BORBA
03 Repensando a acessibilidade em museus - a experiência do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado de São Paulo
MILENE CHIOVATTO; GABRIELA AIDAR; LUIS ROBERTO SOARES; DANIELLE AMARO
04 O galo inacessivel - da arte e do dever de agradar
SONIA MARQUES
05 Acessibilidade e Comunicação Sensorial nos Museus e Espaços Culturais - novos desafios para a mediação cultural
VIVIANE PANELLI SARRAF

CAMINHOS PARA INCLUSÃO
06 Audiodescrição - um novo recurso de mediação e acessibilidade cultural
ALEXSANDRA LEITE
07 Uma imagem e mil e uma palavras - audiodescrição de obras de arte a deficientes visuais à luz da gramática do design visual
MARISA FERREIRA ADERALDO
08 Arte, educação e inclusão - orientações para audiodescrição em museus
FRANCISCO JOSÉ DE LIMA; PAULO ANDRÉ DE MELO VIEIRA; EDILES REVORÊDO RODRIGUES; SIMONE SÃO MARCOS PASSOS
09 Como vemos a cegueira - algumas respostas: umas boas, outras não
JOÃO VICENTE GANZAROLLI DE OLIVEIRA
10 A Arte e o Perceber- a experiência do Ateliê de Artes para Pessoas com Deficiência Visual
ANA CARMEN FRANCO NOGUEIRA
11 Aprender para ensinar - a mediação em museus por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
CIBELE LUCENA; JOANA ZATZ MUSSI; DAINA LEYTON
12 A inclusão de públicos especiais em museus - o Programa Educativo para Públicos Especiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo
AMANDA FONSECA TOJAL; MARGARETE DE OLIVEIRA; MARIA CHRISTINA DA SILVA COSTA; SABRINA DENISE RIBEIRO
13 Educação profissional de síndrome de down no Instituto Inhotim: fundamentos para mediação inclusiva em arte contemporânea
LARA CERES DE CARVALHO LOPES
14 Projeto FotoLibras

MEDIAÇÃO CULTURAL PROMOVE QUE TIPO DE ACESSIBILIDADE?
15 Arte-educação e as rosas - dialogando com as práticas pedagógicas e a formação dos professores
AMÉLIA GARCIA
16 Arte, cotidiano e cultura visual - perspectivas de uma arte/educação dialógica
FERNANDA MÉLO; MARIA JULIANA SÁ
17 Mecanismos de mediação da obra de arte - possibilitando experiência ou ampliando o acesso à informação?
SIMONE FERREIRA LUIZINES
18 Criança pequena e museu - uma relação possível (e desejada)
MARIA ISABEL LEITE
19 Observar e compreender: a mediação cultural enquanto registro de uma presença vitalícia no mundo
ANDERSON PINHEIRO SANTOS

DISSEMINANDO CULTURA
20 Projeto “Música na Escola” - acesso à educação e à cultura musical
ÁLVARO HENRIQUE BORGES
21 Digitalización de danzas folklóricas peruanas en Buenos Aires - los migrantes como “archiveros” del arte
MAG. SILVIA BENZA

ACESSANDO AS MEMÓRIAS DO DIÁLOGO ANTERIOR (2009)
22 A mediação e os educadores - reflexões sobre ações coletivas que tentam legitimar um processo
REJANE GALVÃO COUTINHO
23 Aprendizes da arte, mediadores e professores - olhares compartilhados?
MIRIAN CELESTE MARTINS

24 RESUMOS

25 PERFIL DOS COLABORADORES

II Seminário Internacional de Educação Estética: Entrelugares do corpo e da arte

Entrelugares do Corpo e da Arte tem como objetivo promover o encontro de pesquisadores do campo da educação estética e somática, educação física, artistas, filósofos, terapeutas, educadores e estudantes interessados em apresentar suas experiências e reflexões, possibilitando o debate entre lugares, sejam estes provindos de diferentes áreas do conhecimento, de atuação ou de espaços geográficos distintos.

Palestrantes Convidados

• Anna Marie Holm (Danish Association of Visual Artists / Dinamarca)
• Carlos Martins (UNESP / Rio Claro, SP, Brasil)
• Ciane Fernandes (UFBA / Salvador, BA, Brasil)
• Graham Price (Waikato University - Faculty of Education / Nova Zelândia)
• José Antonio Lima (Projeto Oficina do Movimento / Campinas, SP, Brasil)
• Leyla-Claire Rabih (Théatre Dijon / França)
• Luis Porter (UAM-X - Universidad Autónoma Metropolitana - Xochimilco, Mexico)
• Marco Antônio da Silva Ramos (Depto. Música - ECA - USP / São Paulo, SP, Brasil)
• Petrucia Nóbrega (UFRN / Natal, RN, Brasil)
• Roberto Gambini (IAAP-International Association for Analytical Psychology / São Paulo, SP, Brasil)
• Stela Barbieri (Instituto Tomie Otake / São Paulo, SP, Brasil)

Vídeopôster:
Programação Videopôsteres
SESSÃO 4 - EDUCAÇÃO FORMAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL

Mediador: Carla Morandi
Mesa 1:
  • O mestre que aprende - Rose Helena Reyes - UNICAMP SP Escola Via Magia BA
  • Nosso Corpo Humano - Julia DIp Purm - Escola Viva - SP
  • Na estética do vento - Andrea Desiderio, Ivania Marques - Escola do Sítio - SP
  • CEBRAV - Um Olhar Sobre a Dança - Laís Pereira Borges – UFG – GO
  • Gotículas de água suspensas no ar - Ana Carmem Franco Nogueira - Universidade Presbiteriana Mackenzie – SP
  • A história é de quem: Escola Castanheiras - José ModestoSilvia Letícia de Andrade, Tatiana Fecchio Gonçalves, Thiago Cavalcante - UNICAMP - Escola Castanheiras - SP
  • Possibilidades do ensino de arte no ifes - Luciana Lima Batista, Verônica da Silva Cunha Cavati - UNICAMP - PUC-SP
http://www.fe.unicamp.br/siee/apresentacao.html



 

 

domingo, 1 de agosto de 2010

A Maior Flor do Mundo | José Saramago


De Saramago para todos nós.
"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obirgatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?"
José Saramago

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nosso Livro


Lançamento do livro "Aprendendo Significativamente: uma construção colaborativa em ambientes de ensino presencial e virtual".
autor: Elcie F. Salzano; Peña, Maria de los Dolores J. (org)
Textos dos alunos do programa de mestrado Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Uma experiência compartilhada por professoras e seus alunos de Mestrado registra condições que propiciaram aos participantes trocas, complementaridades e construções. A diretriz das aulas presenciais ou virtuais foi de vivenciar situações nas quais os alunos redigiam e argumentavam a favor de seus posicionamentos ante questões problemáticas, reiterando ou divergindo dos autores indicados. Esta obra emergiu de reflexões sobre aprendizagem humana a partir de diferentes enfoques teóricos e sobre o que favoreceu ou dificultou, no próprio aprender de cada um, o uso da capacidade de compreender e elaborar. Compõe-se de textos coletivos sobre esse processo e registros individuais sobre a própria experiência de aprendizagem. Ilustra que diversidades tomadas como obstáculos às relações dialógicas caminharam pelas vias da concordância e forneceram oportunidades de enriquecimento.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A Aprendizagem Significativa no Ateliê de Artes para Pessoas com Deficiência Visual

Painel apresentado no VI Encontro Internacional de Aprendizagem Significativa e 3º Encontro Nacional de Aprendizagem Signiificativa. - São Paulo - Brasil. 26-30 de julho de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

VI Encontro Internacional de Aprendizagem Significativa e 3º Encontro Nacional de Aprendizagem Significativa

VI Encontro Internacional de Aprendizagem Significativa e 3º Encontro Nacional de Aprendizagem Significativa
26 a 30 de julho
São Paulo, SP, Brasil

www.ioc.fiocruz.br/eiasenas2010
apsignificativa@ioc.fiocruz.br

ORGANIZAÇÃO

Marco Antonio Moreira
Evelyse dos Santos Lemos
Tânia Maria Mendonça Campos

SESSÃO DE PAINÉIS I
APRESENTAÇÃO – 27 de julho – 14 às 15h:30min
PAINEL007 – A Aprendizagem Significativa no Ateliê de Artes para Pessoas com Deficiência Visual
Ana Carmem Franco Nogueira - UMACKENZIE

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Outra Identidade



Outra Identidade de Ana Teixeira. Ação feita em 22 de maio no novo hangar da Galeria Baró, na rua Barra Funda 216.

Ateliê de Arteterapia


Nas sessões de ateliê de arteterapia trabalhei com jovens na faixa dos 12 aos 13 anos, cursando as séries iniciais do ensino fundamental. A queixa básica das famílias era sobre as dificuldades de aprendizagem de seus filhos.

Essas famílias carregam um grande sentimento de angústia, perplexidade e impotência. Para nossos clientes, existia uma percepção de fracasso pessoal.
Tínhamos como meta em nosso trabalho arteterapeutico fornecer a esses indivíduos novas formas de encarar o mundo e oferecer meios para seu desenvolvimento consciente e autônomo.
Os teóricos de arte-terapia são unânimes em afirmar que vivenciar o fazer artístico faz com que o sujeito re-signifique suas experiências, abrindo caminho para o conhecimento.
O ateliê tinha como objetivo oferecer oportunidades para que esses jovens aprendessem para vida, abrindo portas para novas descobertas, através da arte.
O jovem ao descobrir seus potenciais, iniciava a construção de um mundo novo através da liberação de sua imaginação criativa, um mundo de palavras pensamento e ações.
Alessandrini (2002, p.27) fala que os recursos artísticos tem se mostrado bastantes eficientes no resgate terapêutico psiscopedagógico. Uma das função do arteterapeuta é a de facilitar ao indivíduo a organização de seus conhecimento e habilidades na resolução de problemas. O fazer artístico pode desencadear em nossos pacientes, a vontade de saber mais, de fazer e de ser.
As primeiras sessões foram dedicadas ao conhecimento e familiarização dos membros do grupo. Foram executados alguns trabalhos coletivos e a elaboração conjunta de pequenas histórias. Nas sessões seguintes fomos desenvolvendo trabalhos plásticos a partir de um tema levantado pelo mediador em função de algum interesse comum. Foram usados como recursos, várias fontes com ilustrações de obras de artes, livros e revistas, contos de fadas, poesias, materiais de desenho, pintura e algumas tecnologias contemporâneas como digitalização de fotos, filmagens e gravações.
Iniciamos trabalhando a auto-imagem, depois o corpo, o espaço, mundo e mundo interior. Todas as produções foram fotografadas e arquivadas.
As sessões foram estruturadas em dois momentos. O primeiro ocorria um trabalho corporal, com auto-massagem, relaxamento, respiração e meditação. Todos essas dinâmicas tinham como objetivo fazer com que cada um descobrisse o espaço e se descobrisse nele. Em um segundo momento era dado uma consigna e cada um executava a tarefa. O fechamento do atendimento ocorria com a apresentação e discussão dos trabalhos individuais.
Essa prática deu a oportunidade de abertura à diferentes experiências, oferecendo distintas maneira de elaborar as informações que são captadas em seu dia-a-dia.
Nossos clientes tinham em comum, além das dificuldades escolares, uma grande dificuldade de expressão verbal, tanto escrita como oral. Em vista disso, o processo de conhecimento que vivenciamos através das experiências artística permitiu a esses jovens, simbolizar suas percepções do mundo. Isso fez com que iniciassem a concretização de sua imagem interna de um modo mais significativo, canalizando os recursos internos para um processo transformador.
Foi uma experiência muito proveitosa, onde além de notar o crescimento dos clientes, sentimos um crescimento pessoal profissional muito grande. Estar atento às pequenas dificuldades do outro, pensar estratégias para alcançá-los, buscar material para facilitar o desenvolvimento da imaginação e liberar a criatividade, foi um enriquecimento pessoal sem precedente.
Trabalhar com esses jovens que vinham com uma carga tão pesada, de olhares reprovadores, de descrédito e desesperança, foi um exercício de humanidade e cidadania. Aprender a olhar o outro e valorizá-lo por suas potencialidades é uma maneira de estarmos mais conectados com a nossa humanidade e com o universo.
O físico quântico Amit Goswami disse em sua entrevista no Roda Viva que:
"A humanidade tem de acordar, escutar, ouvir, ver esse universo autoconsciente. Existem duas fortes tendências: uma nos leva a estados de ser cada vez mais condicionados, a outra nos leva para um lado mais criativo. Nesta idade tão materialista, o condicionamento que nós recebemos é muito intenso. Quanto mais condicionados ficamos, mais distantes estaremos da realidade quântica. Daí a criatividade e o amor serem muito importantes, pois são forças unificadoras que nos levam de volta à unidade."
Segundo Amit Goswami, a criatividade pode “nos ajudar a ver um sentido novo naquilo que todos vêem como algo comum”. Precisamos encontrar um “novo contexto para nossa criatividade e potencializá-lo”, precisamos estar atentos à “proposta universal para colaborar mais com ela”.

Ana Carmen Franco Nogueira

Bibliografia
ALESSANDRINI, Cristina Dias. Oficina criativa e psicopedagogia. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1996.
ANTUNES, Celso. Como desenvolver conteúdos explorando as inteligências múltiplas. RJ: Vozes, 2002.
_____ As inteligências múltiplas e seus estímulos. Edição 8ª. Campinas: Papirus, 2002

CIORNAI, Selma (org). Percursos em arteterapia: arteterapia gestáltica, arte me psicoterapia, supervisão em arteterapia. São Paulo. Summus, 2004.
URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia: a transformação pessoal pelas imagens. 3ª edição. Rio de Janeior. Wak, 2006.
A ponte entre a ciência e a religião. Transcrição completa da entrevista concedida pelo físico Amit Goswami ao programa "Roda Viva" da TV Cultura. Disponível em : http://www.saindodamatrix.com.br/archives/goswami.htm acesso em 13 de novembro de 06.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Nise de silveira



Breve Histórico do uso da Arte em Psicoterapia
Nise da Silveira.
Psiquiatra, desenvolveu um trabalho de terapia expressiva, pesquisando formas de compreensão do universo mental dos pacientes internados. Encontrou respostas para suas indagações na teoria junguiana, como via de entendimento e técnica de atuação. Instituiu oficinas de trabalho na Seção de Terapia Ocupacional criada por ela em 1946, no Centro Psiquiátrico D. Pedro lI, em Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Em 1952 criou o Museu de Imagens do Inconsciente, único acervo existente atualmente no Brasil e um dos mais importantes do mundo, onde são conservados e organizados trabalhos de expressão dos internados na instituição acima referida.


A autora propunha a seus pacientes a execução de trabalhos de desenho, de pintura, em argila; sugeria-lhes que tocassem música, dançassem e fizessem representações dramáticas, possibilitando-lhes usar uma linguagem arcaica de imagens simbólicas e dar forma plástico-expressiva aos intensos desejos e emoções que brotavam de seus psiquismos. Os internos manifestavam pulsões primitivas de forma bruta, mescladas a uma necessidade de controlar, de domesticar os instintos e uso do desejo em uma luta entre forças primárias e necessidades repressoras, as quais poderiam levar até a tentativa de supressão da vida instintiva. Mostra os problemas da contraposição do psiquismo destes indivíduos com a moral social introjetada, fazendo um paralelo com as obras desses pacientes-artistas, a teoria junguiana e a mitologia.

Nise da Silveira escreveu um livro chamado Imagens do inconsciente (1981), descrevendo o seu trabalho em Engenho de Dentro. Foi também realizado um filme-documentário sobre a sua obra, retratando de forma clara o método de atendimento e a teoria empregados, a pesquisa, o respeito e o cuidado em relação ao ser humano no seu trabalho, inserindo o "doente" e a "doença" em um contexto cultural, social e econômico. O filme tem o mesmo nome de Imagens do inconsciente.

O trabalho de Nise da Silveira denuncia o tratamento injusto e discriminado que é exercido sobre determinadas pessoas. as quais são impedidas de ter uma vida comum, por razões de ordem social e econômica, agregadas a características de personalidade. Adoecem, isto é, tornam-se pessoas que desenvolvem outras formas de compreensão e expressão de seus significados interiores enquanto seres individuais e sociais. Inserem-se no processo do cotidiano da vida de maneira considerada inadequada ou incompreensível para a maioria dos outros seres humanos. Muitas vezes a convivência mútua insuportável leva à internação psiquiátrica e conseqüente estigmatização, resultando tudo isso em intensa marginalização, desprezo e abandono.

Em oposição a todo esse sofrimento, a autora aponta como a vida pode ser um meio de cura, de desenvolvimento e crescimento da personalidade como um todo, quando o individuo encontra um lugar na sociedade e lhe é possibilitada a liberdade e meios de expressão enquanto ser humano.

O atelier de pintura do centro Psiquiátrico D. Pedro II foi se transformando em um lugar onde pintura. desenho e escultura puderam adquirir interesse artístico e científico, Os pacientes aí obtiveram consentimento social para expressar e comunicar ao mundo externo sua maneira de colocar-se frente à realidade. Externo duas vezes. Externo em contrapartida ao seu próprio aprisionamento interno (psicológico), a impossibilidade, na maioria das vezes de poder ter um discurso lógico articulado, racional e compreensivo. E externo aos muros da instituição psiquiátrica, que provavelmente representa e atua o medo dos "não-loucos". Os temores advindos da incompreensão do significado da comunicação desses seres cria um muro intransponível: o muro do manicômio. Os "não-loucos" marginalizam os "loucos".

Existem, evidentemente. diferenças marcantes entre o psicótico e o não-psicótico. Porém, a incompreensão em relação ao primeiro não justifica, segundo a autora, impedir sua liberdade de exercer direitos mínimos de vida e, como todos os outros homens, poder tentar desenvolver suas capacidades pessoais.

Para Nise. o exercício de múltiplas atividades ocupacionais revela, por inúmeros indícios, que o mundo interno do psicótico encerra insuspeitadas riquezas e as conserva mesmo depois de longos anos de doença, contrariando conceitos estabelecidos". (1981. p, 11)

Embora o valor estético não seja importante na aplicação de materiais expressivos no tratamento e compreensão do doente mental, muitas vezes as imagens produzidas são harmoniosas, dramáticas ou mesmo belas, constituindo verdadeiras obras de arte. Entretanto, o objetivo principal de Nise é ressaltar a grande importância do recurso de fazer arte no processo de integração da personalidade.

A experiência de Engenho de Dentro evidencia a possibilidade de uma terapêutica ocupacional, bem-orientada, entendida nos moldes de terapia expressiva, ser um fator de grande ajuda no desenvolvimento dos processos de consciência dos pacientes. Nise produziu um importante campo de pesquisa e tratamento psicológico de psicóticos.

Como Jung, ela passou a usar tanto o diálogo, a dramatização, a escrita, a dança, a pintura, a modelagem, partindo de uma imagem espontânea, fruto de fantasias ou sonhos. Utilizando-se do recurso de imagem e ação começa a visualizar o desdobramento de um processo inconsciente, o processo de individuação, eixo da psicologia analítica.

Apoiada na psicologia junguiana, na criatividade como função psíquica natural e estimulante, no inconsciente individual e coletivo, nos arquétipos e outros conceitos, Nise relê os mitos da cultura humana na luta por estabelecer-se no planeta, exemplificados na saga de vida de cada paciente.

CARVALHO, M. Margarida M. J. e ANDRADE, Liomar Quinto. Breve Histórico do uso da Arte em Psicoterapia. In: CARVALHO, M. Margarida M. M. (org). A Arte Cura? Campinas:PsyII, 1995.

domingo, 11 de julho de 2010

Cine-Debate: Vermelho como o céu

No dia 24 de junho às 19h00às 22h30 aconteceu o cine-debate no Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo.
Filme apresentado foi Vermelho como céu de Cristiano Bortone (2006)

O filme narra a saga de um garoto cego durante os anos 1970, que luta contra tudo e todos para alcançar seus sonhos e sua liberdade. Mirco é um jovem toscano de dez anos apaixonado pelo cinema, que perde a visão após um acidente. Uma vez que a escola pública não o aceitou como uma criança normal, é enviado para um instituto de deficientes em Gênova. Baseado na história real de Mirco Mencacci, um renomado editor de som da indústria cinematográfica italiana.


Mediação:  Vera Mª Rossetti Ferretti
Debate
Ana Carmen Franco Nogueira
Graduação em Artes Plásticas (FAAP). Pós-graduação Lato Sensu em Educação Especial com aprofundamento na área de deficiência visual. UNICID. Pós-graduação Lato Sensu em Arteterapia, UNIFIEO. Mestranda em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
Claudia Mogadouro
Historiadora, Especialista em Gestão de Comunicação e Cultura pela ECA-USP, Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Atualmente desenvolve doutorado na ECA-USP, na linha de pesquisa em Educomunicação com Cinema e Educação.
Paulo Pitombo
Mestre em Artes pelo Instituto de Artes da UNICAMP, especialista em Arte-Educação ECA-USP.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Projeto Recriação do Viver


O Projeto Recriação do viver apóia-se na idéia de transformação por meio de atitudes criativas diante da vida e da transformação interna por meio das expressões artisticas.

Nossa proposta é oferecer ateliês de arteterapia com aborgagem corporal onde serão desenvolvidas diversas técnicas expressivas e corporais.

Workshop: Um olhar sobre Lygia Clark para DV




Este workshop tem por objetivo oferecer uma vivência do pensamento criativo da artista Lygia Clark para pessoas com deficiência visual.
Apresentamos o caminho percorrido por Lygia Clark a partir das obras da década de 1950, que foram adaptadas para à percepção tátil até chegar à obra Bicho.
Os participantes tem a oportunidade de manipular as réplicas adaptadas e elaborar suas próprias obras.

Workshop: Arteterapia - um olhar sobre Lygia Clark.

O workshop é uma vivência do pensamento de Lygia Clark.
"Nós somos os propositores: enterramos a obra de arte como tal e chamamos você para que o pensamento viva através de sua ação". (CLARK< Livro Obra)